Ciclo de Cinema Temático: Escritores Portugueses

A Zero em Comportamento propôs à Artemrede, um ciclo sobre escritores portugueses, aberto ao público em geral, mas claramente vocacionado para os jovens estudantes do secundário que podem ter, desta forma, acesso a uma componente fundamental da cultura portuguesa.

É novamente Sesimbra que acolhe o cinema dedicado aos escritores portugueses e este mês são dois os filmes que exibimos no Cineteatro Municipal João Mota. A primeira sessão está marcada para o dia 14 de Janeiro, às 14h30, e lembra Mário Cesariny com o documentário ‘Autografia’. A segunda e última sessão do mês acontece no dia 30, às 14h30, e é dedicada ao escritor Urbano Tavares Rodrigues, com o filme ‘O Adeus à Brisa’.

Mas se até agora este ciclo temático se concentra em Sesimbra, no próximo mês haverá novidades! Estaremos também em Sobral de Monte Agraço e serão mais os filmes exibidos.

Autografia

Miguel Gonçalves Mendes, Documentário, Portugal, 2004, 104’
Com este documentário pretende-se retratar não o poeta e pintor Mário Cesariny mas sim a sua vida, o seu percurso e a sua individualidade. Como espaço de acção privilegiou-se o seu quarto, por ser este actualmente a base da sua criação e da sua intimidade. É aqui que resiste tudo o que não se perdeu. Sendo este um trabalho que vive sobretudo das questões colocadas (ausentes) e das respectivas respostas, optou-se por assumir como fio condutor um dos seus poemas – “autografia” – que servirá de mote, através da sua análise para as questões intencionadas, de modo a que o filme assuma um carácter intimista, estabelecendo-se um diálogo entre quem o vê e quem é retratado.

O Adeus à Brisa

Possidónio Cachapa, Documentário, Portugal, 2008, 55’
Um homem fala sobre o seu passado, que se confunde com o da História do seu país. Num discurso comovente evoca a luta pela liberdade e a sua crença nas revoluções e na supremacia da Beleza. Sentado na sua sala, Urbano Tavares Rodrigues mantém-se o escritor, o resistente, o que acredita no melhor do Homem. E se as coisas em que acreditou nem sempre lhe corresponderam foi porque ainda não tinha chegado o tempo certo. Mas vai haver um mundo novo. Vai haver. No meio do Tempo, Urbano reflecte, enquanto a brisa do sul não cessa de soprar.