Poderia ter sido apenas uma faísca, mas o fogo arde há 50 anos, mostram-nos Sophie Peyrard e Anne Cutaia no seu documentário dedicado a Patti Smith, Patti Smith – Poeta do Rock, que chega a 18 de junho ao Cineclube de Guimarães.
Partindo de arquivos raros e de concertos míticos, o filme descreve o percurso de uma poetisa insaciável que se tornou num ícone do rock e numa das maiores artistas dos nossos tempos.
Abandonando Nova Jersey, onde deixou um bebé nascido no anonimato e uma vida que a sufocava, Patti Smith chega a Nova York com 20 anos, acompanhada pelas “Iluminações” de Rimbaud e uma câmara Polaroid na mochila, sem dinheiro e cabelo desgrenhado: é de liberdade que precisa.
Patti Smith criou o seu próprio mito, mas, acima de tudo, faz da sua vida um manifesto à liberdade e uma carta de amor aos marginalizados e aos excluídos da “norma”.