A 13 de março, em parceria com o Fila K Cineclube, no mês que assinala o Dia Internacional das Mulheres, a Zero em Comportamento exibe o documentário de Sophie Peyrard e Anne Cutaia na Casa do Cinema de Coimbra.
Abandonando New Jersey, onde deixou um bebé nascido no anonimato e uma vida que a sufocava, Patti Smith chega a New York, a capital americana da auto-reinvenção, no final da cultura pós-hippie. Com 20 anos, sem dinheiro, cabelo desgrenhado e acompanhada pelas “Iluminações” de Rimbaud e de uma câmara Polaroid na mochila, é de liberdade que precisa e que procura.
Este é um documentário que nos dá a sentir um pouco desta energia que marcou a juventude energia de Patti até aos dias de hoje – custe o que custar, ela vai mudar tudo: os clichés do rock, a poesia, o elitismo cultural demasiado intelectual e os estereótipos de género.
Poderia ter sido apenas uma faísca, mas o fogo arde há 50 anos. Pode dizer-se que Patti Smith criou o seu próprio mito, mas, acima de tudo, fez da sua vida um manifesto – uma carta de amor aos marginalizados e aos excluídos da “norma”.