66 Cinemas – Downloads

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Cartaz
Dossier de Imprensa
Entrevista ao realizador Phillip Hartamm por João Antunes (JN)
Crítica de Luís Miguel Oliveira (Ipsilon)

Imprensa

“66 Cinemas” chama a atenção para um aspecto pouco explorado: cada cinema representa algo de único na relação com uma comunidade especifica, a morte de uma sala é sempre a morte de uma memória qualquer (por oposição a um gigante do streaming, que tem milhares de filmes, mas história nenhuma). A par disto, vai ao encontro de uma civilização perdida, a da película, com todos Os seus pormenores incompreensíveis para uma geração já nada e criada na época digital.

Luís Miguel Oliveira, Ípsilon, Público, 4 de dezembro de 2020

 

 
Este filme poderia ser, simplesmente, sobre a divertida e narcisista digressão de um realizador por 66 cinemas alemães para apresentar o seu filme mais recente. No entanto, acaba por ser um marcante e afectuoso ensaio sobre uma actividade em risco de extinção. Não é por acaso que “66 CINEMAS” começa numa velha e despida abadia, transformada num cinema, e termina com as palavras de um curador de arte sobre a relação entre o cinema e as instalações de arte – enquanto o cinema captura o tempo, o tempo também capturou o cinema e transformou a sua própria natureza. Em cada cinema, e em cada cidade visitada por Hartmann, ele recolhe evidências disso. Perante o advento de uma arrogante nova ontologia digital, Hartmann testemunha o fim de uma era sem nunca profetizar o apocalipse – afinal, ele próprio filma em HD – mas também sem nunca deixar de questionar o futuro do cinema enquanto uma experiência sensorial colectiva.

Roger Koza, conlosojosabiertos

 

 

OS MELHORES DOCUMENTÁRIOS DE 2017
5º LUGAR: “66 CINEMAS” – UMA VISITA AO HOMOCINEMAENSIS
Alguns dos nossos críticos ficaram tão emocionados com os 66 Cinemas de Philipp Hartmann, que até escreveram um poema sobre o filme. Com o “66 CINEMAS”, quem ama o cinema como espaço e como instituição tem à sua frente um filme com muito para dizer sobre o panorama cinematográfico alemão. No entanto, este filme é também especial por outras razões. Joachim Kurz escreve: “Graças ao modo natural e totalmente despretensioso do realizador, surgem muitos detalhes preciosos durante esta viagem. Embora não raro as discussões se concentrem nos problemas atuais dos operadores de cinema, Philipp Hartmann consegue frequentemente fazer brilhar os olhos dos seus interlocutores: Quando falam do início da sua paixão pelo cinema ou, como acontece durante uma viagem de carro, dizem coisas que fazem o espetador prestar particular atenção: Numa ocasião destas, um operador de cinema de Magdeburg diz que se sente menos um operador de cinema e mais um protetor do Cinema. Porque se ele e os seus colegas não estivessem preparados para mostrar os filmes (especialmente as pequenas produções, artisticamente mais exigentes), estes perder-se-iam no meio das grandes produções, e não receberiam qualquer exposição”.

kino-zeit.de
 

 

Philipp Hartmann fez da digressão cinematográfica pela Alemanha do seu filme “O tempo passa como um leão que ruge” uma ocasião para rodar outro filme: acompanhou a digressão com a sua câmara desde o Outono de 2014 até à Primavera de 2015 e retratou as 66 salas de cinema alemãs onde o seu filme foi exibido, bem como os seus operadores de cinema.
O resultado é um retrato maravilhosamente multifacetado da paisagem cinematográfica alemã, desde o pequeno auditório do mosteiro de 500 anos em Alpirsbach/Black Forest até ao magnífico Schauburg em Karlsruhe, e desde o cinema workshop de Munique (Münchner Filmwerkstatt) até ao multiplex, onde também são alugados auditórios para palestras universitárias. Por muito variada que seja a arquitetura das salas, por muito diferentes que sejam os operadores, todos têm algo em comum, a paixão pelo cinema.
Falam da história do seu cinema, bem como da recente passagem ao digital e do futuro incerto. O olhar de Hartmann é alicerçado numa profunda empatia. Deixa os cineastas falar dos seus problemas e queixar-se da falta de apoio ao cinema como espaço museológico, mas, apesar de todas as profecias de desgraça, também há lugar para alguma esperança, ao apresentar o novo projeto cinematográfico berlinense Wolf ou as novas possibilidades de apresentação de filmes sob a forma de instalações.

Walter Gasperi, kultur-online.net
 

 

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