Este filme de Charlotte Gainsburg com a sua mãe, Jane Birkin, vai ser exibido no Teatro Sá da Bandeira, numa parceria com o Cineclube de Santarém, dia 4 de maio, quarta-feira.
“Este filme é o retrato de uma relação pessoal, o olhar de uma filha sobre uma mãe, numa dinâmica que não exclui nenhum dos termos. É um filme sobre Jane e também sobre Charlotte, mas também é um filme sobre ausentes – a irmã mais velha, Kate Barry, filha do primeiro casamento de Jane com o compositor John Barry, que morreu em 2013, ou o pai cujo nome Charlotte transporta, Serge Gainsburg – enquanto uma mãe e uma filha intensificam a sua presença, superam distâncias e reservas, “pelo tempo mágico de uma rodagem”” – Luís Miguel Oliveira, in Ipsílon, 11/03/2022
“A câmara de Charlotte é livre e muitas vezes selvagem. Acima de tudo preza-se o momento e não há qualquer indício de perfeccionismo, sendo que algumas vezes se mostra o aparato da própria equipa, um pouco como que a revelar a mentira do cinema perante a cerimónia de intimidade forjada. De maneira aberta, Charlotte mostra a manipulação da verdade, a sua verdade, a verdade da mãe. E, dessa forma, compreendem-se os momentos de silêncio. O que não se diz perante o trauma do passado, o indizível nisto do amor.” – Rui Pedro Tendinha, in DN, 10/03/2022