Nas palavras dos nossos parceiros
Trazendo para a opinião pública temas da adolescência, nomeadamente a gravidez e as formas de empoderamento das jovens, o filme 17 Raparigas opta por uma abordagem isenta aos comportamentos e escolhas das personagens. Um excelente mobilizador para um trabalho a desenvolver com adolescentes e jovens, numa contextualização pré e pós filme integrando técnicos/as especializados/as que possam focar os vários temas, aprofundá-los e esclarece-los com vista a ponderar a responsabilidade e ato-consequência de cada uma das personagens.
Associação Humanidades
https://www.humanus.pt/
“Tal como num filme, os pais de adolescentes precisam de aprender a criar e a usar guiões! Escrever um guião permite antecipar. Sim, não basta darmos cereais e t-shirts lavadas aos nossos filhos para que eles cresçam bem e ficarmos à espera, de braços cruzados, que um dia acordem feitos homens e mulheres. Seguir um programa, um guião…é sabermos o que é que tem que ser feito e quando”.
Cristina Valente
A abordagem ao tema é feita de uma forma bastante interessante. Aborda questões por vezes menos faladas, mas igualmente importantes sobre o tema. Foca, por exemplo, os contextos (individuais, familiares, sociais) em que a gravidez na adolescência pode constituir-se como um projecto de vida válido do ponto de vista da adolescente que engravida, a ambivalência das adolescentes na decisão de engravidar por influência dos seus pares, na decisão de prosseguir a gravidez e no confronto com os desafios que a gravidez pode trazer (físicos, relacionais, familiares). Faz ainda o público questionar-se sobre a forma como o grupo de pares pode influenciar as decisões reprodutivas dos adolescentes, o sentido que isso pode ou não ter de futuro para as jovens que vivem esta experiência e o carácter idealizado dos projectos de vida construídos nestas circunstâncias. É de facto um bom ponto de partida para reflectir e falar sobre o tema da gravidez na adolescência!
Raquel Pires
CINEICC – RDS, Universidade de Coimbra