Três actrizes, três quartos de criança, 10 dias e 2.458 predadores sexuais. Uma experiência que lança uma luz sobre a questão da exploração online de crianças. Três actrizes, maiores de 18 anosmas com ar bem juvenil, fazem-se passar por meninas de 12 anos em falsos perfis nas redes sociais. Em quartos de criança recriados num estúdio, elas conversam através de chats e de Skype com homens de diferentes idades que as procuraram e contactaram online. A maioria destes homens pede-lhes vídeos sexuais e enviam-lhes fotos suas bem explícitas. Alguns até tentam chantageá-las. Este documentário mostra o drama destas actrizes à medida que as suas personagens vão passando das relações online até ao real encontro com os predadores (vigiado por seguranças e câmaras escondidas). Às tantas, as tácticas predatórias viram-se contra os predadores e os caçadores tornam-se as presas.
Como tudo começou
No outono de 2017, a operadora de telecomunicações O2 pediu ao realizador Vít Klusák para criar um vídeo que se tornasse viral, com o propósito de chamar a atenção para o enorme crescimento do número de crianças vítimas de abuso online na República Checa. Klusák chamou a sua colega Barbora Chalupováe ambos criaram o falso perfil de Týnka, uma rapariga de 12 anos, para ver o que acontecia. Em menos de 5 horas,83 homens entre os 23 e os 63 anos, estabeleceram contacto com esse perfil, sendo que uma esmagadora maioria solicitou-lhe a masturbação mútua através do chat de vídeo. Muitos enviaram fotografias dos seus pénis erectos sem qualquer pré-aviso, enquanto outros enviaram links para diferentes tipos de pornografia, incluindo com animais. Nessa mesma tarde, quatro homens satisfizeram-se em frente à webcam sem que “Týnka” tivesse alguma vez aparecido “ao vivo”. Ao fim depoucos dias, os realizadores concluíram que o fenómeno tinha todos os ingredientes para ser tornar um documentário de longa metragem e não apenas para um pequeno vídeo viral.
Quando um colega de carteira vai morar para outra cidade ou, por qualquer outra razão, é obri gado a mudar de escola, deixa sempre um lugar vazio. A sua falta é sentida, mas a vida continua, porque não há nada a fazer, nada de terrível a evitar. O caso de Milana é diferente. Estamos em 2067 e ela relembra um momento marcante da sua infância, que teve lugar há quase 60 anos, em 2009, quando era uma jovem imigrante chechena em Paris. A sua família, como tantas outras, não tinha os documentos em ordem e a ameaça de expulsão do país pairava constantemente sobre as suas cabeças. Quando se dá conta que o pior pode estar prestes a acontecer, o seu grupo de amigos, composto por Blaise, Alice, Claudio, Ali e Youssef, decide reunir esforços e fazer o possível e o impossível para salvar Milana. Enquanto aplicam as suas estratégias primárias para evitar que a deportação aconteça, os adultos fazem aquilo que sabem fazer melhor: preocupam-se. Mas isso não é suficiente para os mais novos. A confirmar a veia militante do realizador, esta é uma história política vivida pelos mais novos, que chama a atenção para o que de humano pode estar em falta na burocracia.
Jochem é vítima de bullying pelos seus colegas de escola. O seu amigo David não quer participar, mas tem medo de dizer alguma coisa. Uma manhã o diretor da escola conta à turma que Jochem não voltou para casa depois de uma festa. David sente‐se culpado e juntamente com um amigo vai à procura de Jochem para lhe dizer que está arrependido. Mas será que é tarde demais?
M/12
Tema Bullying
Público-alvo3.º Ciclo, Secundário, Universidade, Professores, Pais
Áreas Sociologia; Psicologia, Educação, Serviço Social, Direito, Formação Cívica, Educação Moral e Religiosa, Artes, Cinema
Assunto
«Não estou a gozar, só a brincar» Onde está a fronteira entre a brincadeira e a agressão? Neste filme encontramos um rapaz que sofre agressões físicas e psicológicas diariamente na sua escola, por causa do seu aspecto físico. A situação intensifica-se de tal modo até que acaba em tragédia.
Já em Julieta e as Tartarugas, também de Mirjam Marks, ficamos a conhecer uma menina de 14 anos que vive na ilha de Curaçau, nas Caraíbas. O maravilhoso e emocionante mundo do oceano é a sua segunda casa. Tudo fica suspenso quando ela está debaixo de água. Além de encontrar tartarugas marinhas e outras espécies marinhas, cada vez mais Julieta encontra grandes quantidades de lixo que poluem os fundos marinhos. Juntamente com outros voluntários da sua ilha, resgata tartarugas-marinhas em apuros e tenta melhorar o habitat delas.
Em Jovanna e o Futuro, de Mirjam Marks, Jovanna acha que é estúpido ter que levar o clima em consideração em tudo o que quer fazer. Mas tudo o que esta jovem holandesa diz, e a maneira como vive, mostram que é exatamente isso que faz. Não come carne e ela e a sua família vivem numa “nave terrena”, onde geram toda a energia que usam. Jovanna, como outros milhares de jovens em todo o mundo, inspirou-se na ativista do clima Greta Thunberg. As crianças não podem votar, pelo que fazer greves e manifestações é a única maneira de se fazerem ouvir.
Neste programa encontramos várias formas de diferença e de luta pela aceitação dessa diferença. Se não tivermos consciência de que somos todos diferentes uns dos outros e que não é essa diferença que nos faz melhores ou piores do que os outros, seremos mais capazes de lidar e aceitar os outros.
Tema
Respeito pelos outros: aceitação das diferenças e inclusão
Neste conjunto de filmes iremos abordar diferentes temas relacionados com o crescimento e a relação com os outros. O primeiro amor, os pais, a doença e a responsabilidade fazem parte do assunto destes filminhos.
Jojo, um menino de 10 anos de idade, tem uma família difícil: o pai sofre de violentas mudanças de humor e a mãe está sempre ausente. Um dia, Jojo encontra uma gralha bebé, abandonada e leva-a para casa escondida. Através da sua amizade especial com o pássaro e a capacidade de adaptação que só as crianças possuem, Jojo encontra uma maneira de se aproximar do pai.
Existe um bosque ancestral na Península Ibérica que conserva uma biodiversidade extraordinária: é o Montado. Na Idade Média as comunidades rurais decidiram eliminar parte dos bosques que rodeavam as suas vilas de modo a evitar emboscadas por parte de invasores. Esta estratégia bélica foi-se estendendo paulatinamente ao longo das planícies douradas, dando origem a um modelo florestal tipicamente ibérico onde o aproveitamento de recursos conviveu sempre em harmonia com a vida selvagem.
Desde então, as aves mais lendárias do Mediterrâneo constroem os seus ninhos nos ramos destas velhas árvores e, sob as suas copas, uma infinidade de seres participa no banquete dos frutos, enquanto outra multitude de criaturas se esconde nas suas concavidades. Mas acima de tudo, o Montado é um campo de batalha – é o lugar onde os grandes herbívoros se desafiam, onde águias formidáveis caçam, onde, sob a pressão dos mangustos, convivem os maiores répteis da Europa e onde atrás das flores se escondem predadores com as camuflagens mais fantásticas.
Hannes, de dez anos, vive sozinho com a sua mãe, e quer muito juntar-se ao grupo mais interessante da região, Os Crocodilos. Durante o seu desastroso teste de entrada, vê a sua vida ser salva por Kai, um rapaz imobilizado numa cadeira de rodas. Tal como Hannes, também Kai gostaria de fazer parte do grupo, mas todos acham que ele seria incapaz de fugir se as coisas ficassem complicadas. Contudo, ao assistir a um assalto, Kai torna-se subitamente interessante para o grupo, forçando a entrada de Hannes. Com os novos elementos, Os Crocodilos estão prontos a resolver um emocionante mistério. Baseado num livro de Max von der Grün, este filme foi premiado em inúmeros festivais de cinema para crianças, tornando-se um grande sucesso de público.
Pelle é um rapaz tímido de 12 anos que acidentalmente é picado por uma formiga e desenvolve super-‐poderes inimagináveis. Com a ajuda do seu amigo Wilhelm, nerd da BD, Pelle cria uma identidade secreta: O Super-‐Formiga, e torna-‐se num combatente do crime local. Quando um super-‐vilão, o Pulga, entra em cena, o Super-‐Formiga tem de estar à altura do desafio!
Shelly Silver, Documentário, Alemanha, 2020, 71 min.
Uma viagem pela histórica colecção do Museu de Belas Artes de Leipzig, guiada por um grupo de raparigas com idades entre os 7 e os 19 anos.
Passando de obra em obra, de século em século, elas partilham connosco a sua perspectiva do que vêem. Ao nascermos, entramos num mundo previamente construído – não escolhemos a nossa própria história, contexto ou cultura. Cada um de nós encara, com um novo olhar, uma cultura que já foi moldada e estruturada com base nos desejos e decisões de outros. Esta cultura é, frequentemente, opaca e escondida sob a superfície do “como é” e do “como foi”. Os museus são instituições concebidas para preservar – são um repositório de visões muitíssimo selectivas da história e da civilização. As obras de arte apresentadas sob a capa da educação e do conhecimento foram, ao logo da história, concebidas, colecionadas, escolhidas e contextualizadas por homens. Não faltam representações de mulheres, mães, esposas, prostitutas, modelos e musas – sejam contemporâneas, clássicas ou religiosas, a larguíssima maioria dessas figuras foi feita sob a perspectiva de homens. Tendo em conta este desequilíbrio, como é que estas obras deverão ser observadas hoje em dia?
Um Oceano de Plástico documenta as consequências do nosso estilo de vida, baseado em plástico descartável, e testemunha a destruição que estamos a causar às aves marinhas, tartarugas, mamíferos marinhos e peixes. O filme apresenta também algumas tecnologias exequíveis e soluções inovadoras que todos – dos governos aos indivíduos – podem colocar em prática para voltarmos a ter um oceano limpo e mais sustentável.
Tema A poluição de plástico nos oceanos e os efeitos que isso causa em nós e no planeta
Público-alvo 2.º ciclo, 3.º ciclo, Secundário, Universidade, Professores, Pais
Áreas Cidadania, Ecologia, Estudo do Meio, Ciências Naturais
Assunto
Através deste documentário somos introduzidos à problemática da imensa quantidade de plástico existente actualmente nos oceanos e mares do planeta. Percebemos o que está na origem do problema, quais as consequências para a vida no mar e também as consequências que daí resultam para o ser humano. Finalmente, são-nos apresentadas algumas soluções viáveis e, principalmente, quais as alterações necessárias, do nosso comportamento, para reduzir o consumo de plástico
Fotos
Trailer
Testemunhos
Foi óptimo! Talvez um pouco complexo demais para o 2.º ciclo, mas mesmo assim, bom. Para o 3.º ciclo foi excelente. Tive alunos a chorar (e outros a dormir, mas faz parte). Tive mais de 400 alunos a ver o filme. Se dez por cento que seja mudar comportamentos, já será muito bom.
Nuno Magalhães – Agrupamento João da Rosa, Olhão
24 de Outubro 2019