Este não é um documentário biográfico convencional ou um tradicional filme concerto. É um filme único e imersivo que acompanha Joan Baez na sua última digressão, alternando entre o passado e o presente e mergulhando no seu extraordinário arquivo.
Dando a conhecer recém-descobertos filmes caseiros, diários, obras de arte, cassetes com sessões de terapia e gravações de áudio, Baez revela a sua vida dentro e fora dos palcos – desde as lutas emocionais até ao trabalho pelos direitos cívicos com Martin Luther King e o desolador romance com o então jovem Bob Dylan.
Um cativante e profundamente honesto olhar pessoal de uma artista emblemática que nunca quis contar a verdade acerca da sua vida e de como a viveu – até agora.
CINEMAS E SESSÕES
LISBOA
a partir de 9 de janeiro
Cinema City Alvalade – 19:40
UCI El Corte Inglès – 13:40; 19:05
Cinemas NOS Alvaláxia – 21:15
Cinemas NOS Amoreiras – 13:40; 16:20
PORTO
a partir de 9 de janeiro
Cinemas NOS Alameda Shop e Spot – 12:50; 15:20; 18:00
GAIA
a partir de 9 de janeiro
UCI Cinemas ARRÁBIDA 20 – 13:30; 16:10; 18:50; 21:25
COIMBRA
Casa do Cinema de Coimbra/Auditório Salgado Zenha
09 jan – 14:45; 16:40
10 jan. – 16:40
11 jan. – 15:00
12 jan. – 21:30
13 jan. – 14:30
14 jan. – 16:40
15 jan. – 14:30
LEIRIA
Teatro Miguel Franco
22 jan. – 18:30; 21:30
SÃO BRÁS DE ALPORTEL
Cineteatro Jaime Pinto
20 jan. – 19:15
É uma Joan Baez em paz que emerge ao longo das quase duas horas de filme.
Rosa Ruela, Visão
Estreia nos cinemas portugueses o documentário de 2023 “Joan Baez – A Cantiga É Uma Arma”. É lá que estão estes anos de março de 1965, quando Matt Herron fotografou a cantautora Joan Baez a marchar. De mãos dadas com o escritor James Baldwin e o ativista pelos direitos civis James Forman. Na marcha de Selma, liderada por Martin Luther King, Jr. Como Joan Baez mostra, é preciso marchar em paz.
João Pacheco, Expresso
Um documentário que revela um verdadeiro tesouro em material de arquivo: desenhos e entradas de diários, filmagens de concertos, vídeos familiares e fotografias vintage.
Chris Azzopardi, The New York Times
As realizadoras Miri Navasky, Karen O’Connor e Maeve O’Boyle fazem um trabalho impressionante e comovente num filme cujo maior pecado pode ser simplesmente não durar mais meia hora.
Chris Willman, Variety
Qualquer pessoa interessada em artistas fundamentais do movimento contracultural, encontrará aqui muito para apreciar.
David Rooney, The Hollywood Reporter
Uma análise delicada, densamente estruturada e surpreendentemente sincera da vida e carreira da cantora, onde Baez é vista a percorrer as últimas seis décadas da sua vida, nem sempre com facilidade, mas com um talento, perseverança e coragem impressionantes.
Ann Hornaday, The Washington Post
Há mais de vinte anos que eu, e as realizadoras Miri Navasky e Maeve O’Boyle, produzimos documentários centrados em personagens que exploram questões sociais complexas, desde crianças transgénero e prisioneiros com doenças mentais, até ao aquecimento global e o direito ao aborto. Abordar uma biografia pela primeira vez, como fizemos em “Joan Baez: A cantiga é uma arma”, foi um desafio cinematográfico intimidante, mas entusiasmante, especialmente tratando-se de uma lenda como Joan Baez.
Os documentários sobre figuras conhecidas são, por natureza, complicados. Por norma, já muitas coisas são do conhecimento público e a narrativa apresentada acaba por ser cuidadosamente organizada e controlada. No entanto, Baez, que é minha amiga desde 1989, estava mais preparada do que nunca para olhar sem rodeios para a sua própria vida, livre de hagiografias ou de qualquer nostalgia romantizada. Embora Joan soubesse, desde o início, que não teria qualquer controlo sobre o filme, nunca houve um momento em que se retraísse ou hesitasse em abordar as verdades mais difíceis e sombrias da sua vida. Isto deu-nos uma oportunidade rara de criar um filme sobre Joan Baez que fosse tão honesto, complexo, divertido e multifacetado quanto a própria Joan.
Famosa desde os 18 anos, capa da revista Time aos 21 e apelidada de “Rainha do Folk”, Joan Baez alcançou um patamar que os cantores de folk jamais tinham conseguido. Era um fenómeno. Uma voz de soprano sobrenatural e uma beleza etérea: ninguém tinha visto ou ouvido alguém como ela antes. Os homens apaixonavam-se por ela e as mulheres queriam ser como Joan, que se tornou num ícone de uma nova geração de músicos como Bob Dylan, Leonard Cohen, Joni Mitchell e Patti Smith. O que a tornou numa lenda, no entanto, a par do prodigioso talento foi a sua paixão política. Muito antes do “ativismo de celebridades” se ter normalizado, Joan já usava a sua influência e o seu compromisso com a não-violência para combater a injustiça. Para Baez, o pessoal é sempre político.
Apesar dos contornos da sua vida e dos marcos que fizeram história serem amplamente conhecidos, neste filme queríamos resgatar o passado de Joan sem recorrer a artifícios, “cabeças falantes” ou reconstruções distantes, mas através do vasto material que descobrimos – filmes caseiros recém-revelados; as incríveis obras de arte e desenhos de Joan; diários, fotografias, gravações de sessões de terapia e um verdadeiro tesouro de cartas gravadas em áudio que Baez enviava para casa – um registo onde capturou tudo o que viveu em tempo real. Quisemos que este filme fosse imersivo e imediato em todos os momentos – mais do que uma biografia, quisemos fazer uma viagem no tempo.
Graças à minha longa relação com Joan, a nossa equipa conseguiu acompanhá-la de perto, tanto em digressões como em casa, e foi esse acesso extraordinário que nos permitiu criar um filme intensamente íntimo, cheio de revelações inesperadas, momentos de dor e de humor. Há uma linha biográfica que aborda os primeiros anos de Joan e a sua ascensão meteórica à fama; um fio psicológico mais sombrio que explora os seus “demónios” interiores; e uma narrativa contemporânea que segue Joan quando esta enfrenta o fim de uma carreira musical de 60 anos. Embora soubéssemos que a última digressão de Baez seria o eixo central da sua história, nunca tivemos a intenção de criar um filme concerto.
Para preservar a proximidade da história de Joan, decidimos também limitar as entrevistas. Embora muitas figuras conhecidas estivessem dispostas a falar sobre a influência de Joan, não queríamos fazer um documentário biográfico com celebridades a falar de outras celebridades. Por isso, incluímos apenas pessoas do círculo íntimo de Joan, cujas memórias e reflexões pudessem ser tão íntimas e autênticas quanto o resto do filme. Trabalhámos também em estreita colaboração com os nossos diretores de fotografia para desenvolver um estilo de filmagem informal e “verité” que funcionasse tanto para as partes contemporâneas quanto para as de arquivo. Todas as entrevistas foram feitas apenas com luz natural, e as sequências de concertos e digressões foram filmadas nos bastidores para se alinharem com o aspeto e a sensação do resto do filme. Todos os elementos criativos – imagem e som, gráficos e animação, música e banda sonora – unem-se para aprofundar e enriquecer a notável história de Baez.
É a disponibilidade de Joan para explorar os lugares desconfortáveis e dolorosos da sua vida que confere a este filme o seu poder emocional. E, ao fazê-lo, acredito que Joan pode estar a abrir a porta para que outras pessoas também o façam. Outros poderão encontrar-se nas ideias levantadas por este filme – sobre fama e identidade, criatividade e doença mental, envelhecimento e luto, memória e perdão – temas que são profundamente humanos e universais e que vão muito além da história particular de Joan Baez. Ao longo do filme, enquanto acompanhamos uma artista tão criativa e comprometida que reflete sobre o passado e avança para um futuro reimaginado, sentimos verdadeiramente sua solenidade.
Karen O’Connor
Cinema Eye Honors Awards, EUA, 2024
Prémio Cinema Eye Honors
Nomeação para o Prémio do Público Cinema Eye
American Cinema Editors, EUA, 2024
Nomeação para Melhor edição de documentário
Festival Internacional de Cinema de Berlin, Alemanha, 2023
Nomeação para o prémio do Público Panorama
Irish Film and Television Awards, Irlanda, 2024
Nomeação para o Prémio George Morrison para melhor documentário de longa-metragem
Festival de Cinema de Nashville, EUA, 2023
Nomeação para o Grande Prémio do Júri
Festival Internacional de Cinema de Sofia, Bulgária, 2024
Nomeação para o Grande Prémio
Um filme de: Miri Navasky, Maeve O’Boyle, Karen O’Connor
Produtor Executivo: Greg Sarris
Produtora Executiva: Patti Smith
Produtores Executivos: Josh Braun, Ben Braun, Terry Press
Realização e Produção: Miri Navasky e Karen O’Connor
Realização e Edição: Maeve O’Boyle
Direção de Fotografia: Wolfgang Held, Ben McCoy, Tim Grucza
Música Original: Sarah Lynch
Design Gráfico: Conor O’Boyle
Animação: Eat the Danger
Produtora de Animação: Julie Murnaghan
Arte Original: Joan Baez
Fotografia Adicional: John Baynard, Daniel Carter, Laura McGann
Som: Dean Murray, Jason Pawlak, Steve Roseboom, Mark Roy
Produtora Coordenadora: Courtney Hayes
Produtora de Arquivos: Helen Ryan Dobrowski
Supervisão Musical: Chris Robertson
Editor Associado: Charles Farrell
Câmara Adicional: Zachary Fink, Aidan Maguire, Chris Dapkins, Michael McCoy, Rachel Beth Anderson, Bryan Donnell
Som Adicional: Adrian Bravo, Mark Mandler, Gabriel Monts, Simon Murphy, Rueben Pacheco, Theresa Radka
Narradora: Joan Jovem, Hanna Shykind
Produtor Consultor: Doug Block
Argumentista Consultor: David Mizner
Arquivo, Europa: Margrit Olsen
Pesquisa Arquivística Adicional: Briana Bierman, Hillary Dann, Rosemary Rotondi
Design Gráfico Adicional: David Gibbons, Anthony O’Flynn
Editor de Montagem: Jordan Montminy
Assistentes de Edição Adicionais: Arnaud Rigaud, Caroline Berler, Crystal De Boulet, Ben Howard
Pesquisa de Direitos Autorais: Elias Savada
Assessores de Direitos: Donaldson Callif Perez, LLP, Chris L. Perez, Josh Neubarth, Herlinda Castagnoli
Instalações de Pós-Produção: Goldcrest Post NY
Colorista: Ken Sirulnick, CSI
Assistente de DI (Digital Intermediate): Jordan Thompson-DeSon
Chefe de Produção: Wade Rudolph
Som de Pós-Produção: C5 Inc.
Design de Som e Mistura de Regravação: Ron Bochar
Edição de Diálogos: Alexa Zimmerman
Edição de Efeitos Sonoros: Kate Bilinski
Assistente de Edição de Som: Sarah Streit
Estagiários: Lara Afrazmanech, Cristina O’Boyle, Adam Osman Krinsky, Tasheyia Thomas
Gravação da Banda Sonora: Ciaran Byrne, Camden Studios, Dublin, Irlanda
Assistente de Engenharia: Lisa Capelle
Mistura da Banda Sonora: Ciaran Byrne, CB Sounds
Orquestração Adicional e transcrição musical: Caterina Schembri
1.º Violino: Kenneth Rice
2.º Violino: Orlaith Ní Bhraoin
Viola: Adele Johnson
Violoncelo: Martin Johnson
Bateria Adicional e Programação: Néstor Romero Clemente
Uma força musical da natureza – o compromisso com o ativismo social de Joan Baez manifestou-se
cedo e nunca vacilou. Desde as primeiras gravações no início da década de 1960 que as suas interpretações de baladas tradicionais exerceram uma poderosa atração numa nova geração, e canções como “House of the Rising Sun” e “Babe I’m Gonna Leave You” encontraram o seu lugar no vocabulário do rock.
Ao mesmo tempo, o papel de Baez nos movimentos dos direitos humanos e antiguerra em todo o mundo garantiu-lhe um lugar na história, ao lado de amigos e aliados como Dr. Martin Luther King Jr., Cesar Chavez, o movimento Irish Peace People, Nelson Mandela, Václav Havel, entre outros.
Uma publicação que recebeu uma grande aclamação, destacando-se a crítica da Kirkus que afirmou “As páginas ganham vida, levando os leitores numa viagem pictórica pela vida de Baez… um caminho gracioso por uma linha ténue entre uma honestidade contundente e devaneios criativos num livro gratificante, agradável e recompensador… tanto fãs como novos leitores apreciarão este olhar íntimo sobre a arte única de Baez.
KAREN O’CONNOR
Cineasta premiada, Karen O’Connor produz, escreve e realiza os seus filmes em parceria com Miri Navasky. “The Killer at Thurston High”, uma investigação sobre um tiroteio numa escola, venceu o Prémio Banff. Já o seu documentário que explora o mundo oculto do suicídio assistido, “The Suicide Plan”, valeu-lhe
uma nomeação para os Emmy, que viria a repetir-se com “The New Asylums”, um retrato comovente de prisioneiros com doenças mentais, que venceu ainda o Grande Prémio de Jornalismo Robert F. Kennedy. Foi com o filme“The Undertaking”, que aborda a mortalidade e o luto sob a perspetiva do famoso poeta e agente funerário Thomas Lynch que venceu um Emmy. Com “Growing Up Trans”, uma poderosa e íntima análise das lutas e escolhas enfrentadas por crianças transgénero e pelos seus pais, voltou a ser nomeada para um Emmy, tendo sido finalista do Prémio Peabody e arrecadado o Prémio duPont Columbia.
MIRI NAVASKY
Miri Navasky é uma cineasta premiada que, há mais de duas décadas, cofundou a Mead Street Films em parceria com Karen O’Connor. Entre os seus filmes destacam-se “The Killer at Thurston High”, uma investigação sobre um tiroteio numa escola que venceu o Prémio Banff; “The New Asylums”, nomeado para os Emmy, um retrato comovente de prisioneiros com doenças mentais que conquistou o Grande Prémio de Jornalismo Robert F. Kennedy; “The Undertaking”, vencedor de um Emmy, que acompanha o poeta-agente funerário Thomas Lynch na sua exploração da mortalidade e do luto numa pequena cidade do Michigan; “The Suicide Plan”, um filme nomeado para os Emmy sobre o mundo oculto do suicídio assistido; e “Growing Up Trans”, uma análise íntima das lutas e escolhas enfrentadas por crianças transgénero e pelos seus pais, nomeado para um Emmy, finalista do Prémio Peabody, e vencedor do Prémio duPont Columbia.
MAEVE O’BOYLE
Maeve O’Boyle, cineasta vencedora de um Emmy, foi editora do filme “The Education of Mohammad Hussein” (HBO), que foi finalista para um Óscar. Coproduziu e editou “Firestone and the Warlord” (PBS), vencedor de um Emmy e do prémio IRE, em 2014. Colaborou como editora e coprodutora em “Growing Up Trans” (PBS) com O’Connor e Navasky, que venceu o Prémio duPont Columbia. Co-escreveu e editou “112 Weddings” para Doug Block, que se estreou nos festivais Full Frame, Hot Docs e Sheffield Doc/Fest, tendo sido transmitido pela HBO e pela BBC Storyville. Foi também editora de “Do I Sound Gay?” de David Thorpe, que se estreou no TIFF e recebeu o prémio de segundo lugar no People’s Choice Award. Outros trabalhos seus incluem ainda “Left of the Dial” (HBO), “Heat” (PBS), “Carrier” (PBS) e “The Kids Grow Up” (HBO), que se estreou nos festivais internacionais de cinema IDFA e Full Frame, tendo recebido um prémio especial do júri no AFI Docs. Em 2020, realizou, produziu e editou “The 8th”, filme aclamado pela crítica no Reino Unido e na Irlanda e nomeado para o Prémio IFTA de Melhor Documentário. Atualmente, encontra-se a editar o documentário “The Animated Mind of Oliver Sacks”.