Abandonando New Jersey, onde deixou um bebé nascido no anonimato e uma vida que a sufocava, Patti Smith chega a New York, a capital americana da auto-reinvenção, no final da cultura pós-hippie. Com 20 anos, sem dinheiro, cabelo desgrenhado, acompanhada pelas “Iluminações” de Rimbaud e uma câmara Polaroid na mochila, precisa de liberdade.
Custe o que custar, ela vai mudar tudo: os clichés do rock, a poesia, o elitismo cultural demasiado intelectual e os estereótipos de género. Poderia ter sido apenas uma faísca, mas o fogo arde há 50 anos. Pode dizer-se que Patti Smith criou o seu próprio mito, mas, acima de tudo, fez da sua própria vida um manifesto, uma carta de amor aos marginalizados e aos excluídos da “norma”. Partindo de arquivos raros e de concertos míticos, o documentário de Anne Cutaïa e Sophie Peyrard descreve o percurso de uma poetisa insaciável, autora sensível, fotógrafa e música que se tornou num ícone do rock e numa das maiores artistas dos nossos tempos.
Patti Smith, Poeta do Rock
Patti Smith, Electric PoetSophie Peyrard e Anne Cutaia, França, Documentário, 2022, 53 min.