Rock Industrial, chamam-lhe. Os Bizarra Locomotiva são, em Portugal, a banda que melhor representa esse grito de raiva e neurose, música para escombros urbanos na era da tecnologia. Formados por Rui Sidónio e Armando Teixeira para participar no concurso de Música Moderna da Câmara Municipal de Lisboa de 1993, que venceram, editaram o homónimo álbum de estreia no ano seguinte. Ao longo de duas décadas, a formação foi sofrendo alterações, a música, ora mais sintética, contaminada pela máquina, ora guiada pelo impulso visceral de um rock mais brutal, directo, manteve um centro definido: A opressão de um homem agrilhoado pela moral e pela tecnologia. É essa a base de álbuns conceptuais como “Bestiário”, de 1998, ou “Homem Máquina”, de 2002. “Álbum Negro”, com texto de apresentação do escritor José Luís Peixoto e com a participação de Fernando Ribeiro, vocalista dos Moonspell, em “O Anjo Exilado”, foi editado em 2009 e é, até ao momento, o último álbum da banda.
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