Depois da estreia dos filmes dedicados aos Led Zeppelin e a Shane Macgowan, a Zero em Comportamento volta a apostar em mais uma estreia na área do documentário musical, desta vez sobre a consagração da banda escocesa, Mogwai.
Com estreia marcada para julho nas salas nacionais, “Mogwai: se as estrelas tivessem som”, realizado por Antony Crook, fotógrafo e cineasta que acompanha a banda de Glasgow há anos, mergulha na sua carreira ao longo de mais de 25 anos e 10 álbuns de estúdio.
O documentário acompanha desde os seus primórdios, Stuart Braithwaite (guitarra, voz), Barry Burns (guitarra, piano, sintetizador, voz), Dominic Aitchison (baixo) e Martin Bulloch (bateria), músicos responsáveis por esculpir o seu próprio território sonoro — uma mistura de força bruta, subtileza e elegância.
Crook esteve presente desde meados dos anos 1990 até ao processo de composição e ensaios do décimo álbum da banda, criado durante o confinamento em Glasgow, em 2020 — um disco que, apesar das circunstâncias adversas, acabaria por marcar a história dos Mogwai.
Mais do que um retrato cronológico, o realizador constrói uma viagem emocional e visual pela essência dos Mogwai, pontuando o filme com momentos de atuações ao vivo e gravações de estúdio, num registo visual que conjuga um realismo contido com uma estética poética, traços bem conhecidos no seu trabalho.
“Tive a sorte de trabalhar com os Mogwai durante muito tempo e a sua música sempre me comoveu e inspirou. Quis fazer um filme que estivesse à altura daquilo que a banda merece,” diz o realizador, cuja carreira inclui colaborações com marcas como Porsche, Adidas ou BMW, e publicações nas revistas The Face, i-D ou British Vogue.
Com estreia mundial no Festival SXSW, em 2024, o filme tem vindo a percorrer importantes festivais internacionais como o Festival de Raindance, onde foi nomeado para Melhor Documentário, e outros como o Sheffield Doc/Fest, IN-EDIT Barcelona, Way Out West, Golden Horse Film Festival ou o MIFF.